PESQUISA CIENTIFICA

1 A PESQUISA CIENTIFICA

Por que pesquisar? Para saber mais, para desvendar os mistérios, buscar explicações, para conhecer, para alterar paradigmas, são tantas as possíveis respostas.
O aluno que está na academia, por sua vez, precisa saber que o conhecimento científico, a Ciência, se faz com a comprovação de fatos.

O conhecimento é fruto do processamento que fazemos com a informação que recebemos. Com o avanço da tecnologia, recebemos muita informação, precisamos filtrá-la e, de acordo com os nossos interesses – ou de nossa comunidade, transformar estas informações em conhecimento. E é o conhecimento que vai nos permitir transformar a nossa vida e os acontecimentos do meio circundante.






A pesquisa propicia informações que vão conduzir o investigador a evidência dos fatos, que devidamente comprovados, são reconhecidos como conhecimento científico.


2.1 A PESQUISA CIENTIFICA

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (GIL, 2002, p.17)



Metodologia é o estudo de normas gerais que facilitam a pesquisa de qualquer ramo de conhecimento, sendo um fator caracterizador da academia. Ter conhecimento sobre metodologia científica contribui para realizar qualquer tipo de pesquisa.
É através da investigação, que um pesquisador, diante de uma desordem ou de uma inquietação, vai em buscas de respostas. Estas respostas conduzem ao conhecimento científico, que deve ser traduzido em tecnologia e desenvolvimento.
A pesquisa científica valida o conhecimento científico!

A PESQUISA TEM DIFERENTES FINALIDADES:

A pesquisa pura é aquela realizada por questões de ordem intelectual; amplia o saber e estabelece princípios científicos.

A pesquisa aplicada é realizada por questões imediatas, de cunho prático; busca soluções para problemas concretos.

Além da classificação das pesquisas em pura e aplicadas, as pesquisas são ainda classificadas pelos autores segundo diferentes critérios e que atendam a execução de suas necessidades, em função do objetivo do projeto.
Elas podem ser agrupadas de acordo com: a área do conhecimento em pesquisas históricas, educacionais, etc..; o lugar em que se desenvolvem, em pesquisas de laboratório, de campo; o caráter dos dados coletados, em pesquisas quantitativas ou qualitativas; a forma de raciocínio, em pesquisas indutivas, dedutivas, dialéticas etc.
Quando são utilizadas técnicas indiretas, ocorrem as pesquisas bibliográficas, documentais ou teóricas. Quando a classificação obedece aos objetivos imediatos ocorrem as pesquisas exploratórias, descritivas e experimentais.

Importante: uma mesma pesquisa pode atender a diversas classificações. Assim, por exemplo, uma pesquisa aplicada pode ser realizada na área social, (pesquisa social), desenvolver-se junto a uma comunidade (pesquisa de campo), utilizar procedimentos qualitativos e dialéticos (pesquisa participante) e ser também uma pesquisa exploratória ou descritiva.

Atenção! Elementos essenciais à pesquisa: a dúvida ou problema, o método científico e a resposta ou solução.

Uma pesquisa pode ser detalhada quanto aos seus objetivos. Abordam-se abaixo as pesquisas classificadas segundo seus objetivos, ou seja, as que possuem a nomenclatura mais difundida entre os pesquisadores, são: a pesquisa exploratória, descritiva e experimental.

• A pesquisa exploratória

Também chamada de pesquisa quase científica, não elabora hipóteses a serem testadas, limitando-se a definir objetivos e buscar informações sobre o tema do estudo. Recomenda-se esta forma de pesquisa quando se precisa ampliar conhecimentos sobre o problema a ser investigado.


A pesquisa descritiva

Caracteriza-se por estudar fatos e fenômenos físicos e humanos sem que o pesquisador nele interfira. “Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.” (CERVO e BERVIAN, 2002, p.66). O pesquisador utiliza técnicas de observação, registro, análise e correlação de fatos sem manipulá-los.

Esta modalidade de pesquisa é utilizada principalmente pelas ciências humanas e sociais; procura investigar e conhecer situações e relações que se desenvolvem na vida política, social, econômica, etc... e pode apresenta diversos subtipos, dentre eles:

Apresenta-se também nos subtipos de pesquisa, a saber: descritiva, de opinião, de motivação e estudo de caso. Detalhadas no quadro abaixo:


Pesquisa descritiva ocupa-se do estudo e descrição das propriedades ou relações existentes na realidade pesquisada; assim, como os estudos exploratórios, auxiliam na formulação clara de um problema e de hipóteses, em pesquisas mais amplas
Pesquisa de opinião abrange uma gama muito grande de investigações, visando a descobrir tendências, interesses e procedimentos com o objetivo de tomada de decisões.
Pesquisa de motivação procura as razões ocultas que determinam a preferência por determinado produto, certas atitudes, etc...
Estudo de caso pesquisa sobre determinado indivíduo, grupo ou comunidade com o objetivo de investigar vários aspectos da vida cotidiana do investigado.

Estudo de caso tem sido muito utilizado em nossos dias, considerando que parte de situações problemas cotidianos e reais.
Em todas essas formas, a coleta de dados de fatos da realidade é a técnica por excelência; para tanto, o pesquisador utiliza, como instrumentos, a observação, o questionário e a entrevista.


A PESQUISA EXPERIMENTAL

Esta modalidade manipula diretamente as variáveis relacionadas ao objeto de estudo. São criadas situações de controle e interfere-se na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente.

Enquanto a pesquisa descritiva procura explicar e interpretar os fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental pretende explicar as causas e a maneira pela qual o fenômeno é produzido. Modernamente, a tecnologia oferece ao pesquisador aparelhos e instrumentos que permitem atingir os seus objetivos, tornando perceptíveis as relações existentes entre as variáveis.

É oportuno destacar que Campbell (1979), considerado um clássico na área da pesquisa, subdivide a pesquisa experimental em delineamentos pré-experimentais, quase-experimentais e experimentais.

No delineamento pré-experimental, “Um único grupo é estudado apenas uma vez, em seguida a algum agente ou tratamento presumivelmente capaz de causar mudanças.” (p. 13). Em conseqüência, não apresenta quase nenhum valor científico.

No delineamento quase-experimental, o pesquisador introduz procedimentos semelhantes ao delineamento experimental, “ainda que lhe falte o pleno controle da aplicação dos estímulos experimentais que tornam possível um autêntico experimento.” (p. 61). Devem ser usados sempre que planos melhores se tornem impossíveis.

No delineamento experimental ou verdadeiro, o experimento ocorre em sentido estrito; o investigador manipula e controla as variáveis independentes e observa a variável dependente e o que virá a acontecer.

As ciências factuais estão classificadas em dois grandes grupos: as naturais e as humanas e sociais, com características específicas, o que hoje determina grande controvérsia no terreno da pesquisa científica.

ATENÇÃO: Muitos cientistas defendem procedimentos uniformes para a investigação no campo natural e social, enquanto outros reivindicam total especificidade para o campo social. São os dois paradigmas conflitantes da atualidade: quantitativo e qualitativo.

Kuhn, citado por Marconi e Lakatos (2000) conceitua paradigma como o conjunto de crenças, visões de mundo e de formas de trabalhar, reconhecidos pela comunidade científica em diferentes momentos históricos e em diferentes ramos da ciência.

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